28.2.08

Para chatear os imbecis...

Vou dizer o que a nilde vê nele: ela vê tudo o que não conseguiu ver no seu proprio pai, ela vê nele uma serenidade pura, e uma pureza serena e isso é mais importante que o carro que ele não tem.
Ela vê que ele é um sonhador incorrigivel, ela o vê chorando, ela o vê nu, ela vê o que ele tem de invisivel para todos os outros.
Ela vê nele um retiro espiritual, um bloco de carnaval, a mais avançada das terapias, a sua chapação.
Ela vê que ele se emociona com as pequenas coisas e se revolta com as injustiças, ela vê que ele faz tudo para que ela fique contente, ela vê que ele prefere as picadas de mosquitos à acorda-la.
Ela vê que ele passa horas initerruptas na frente de um videogame, mas que a personagem principal do jogo sempre é ela.
Ela vê que ele erra feio, mas que acerta bonito, que ele é um lorde numa mesa de restaurante mas é um desajeitado pra se vestir.
Ela vê que ele não dá a mínima para os comportamentos padrões, ela vê o seu cabelo desarrumado, o cadarço desamarrado, o pijama furado, e desse conjunto ela sente o melhor abraço, um abraço do tamanho do mundo todinho.
Ela vê no sorriso de dentes separado, o mais doce de todos os sorrisos, e as mais graciosas covinhas que alguem possa ter.
Ela vê nele o melhor dos pais, dos filhos, dos amigos.
Ela não só vê, como toca e sente a sua pele com cheiro de roupa limpa.
Ela vê que ele não é o exemplo de experiência, mas que sabe, sabe muito de tudo, sabe muita coisa, sabe que ela o ama, e isso o basta.
E por isso ela o ama, por mais que ninguém entenda.