20.6.06

Jogando merda no ventilador.




A comunicação é a alma do negócio . Como diria o velho Chacrinha: "Quem não se comunica, se trumbica...'. Deveriamos aprender a arte da comunicação desde o maternal, antes até do be-á-bá. Saber comunicar-se não apenas para suprir necessidades vitais, mas para evolução da espécie, para a felicidade geral da nação, e por que não, para o triunfo dos relacionamentos conjugais?!
Que mal existe em falar o que está sentindo?! Que raios tem de tão dificil, em agir claramente?!
Tudo bem que um pouco de suspense aqui, outro alí, não mata ninguém, mas quando um não fala, nada fica certo. De duas bocas, se uma cala, a outra trava. E ai?!
E aí que o deixar ficar subentendido- 'como uma ideia que existe na cabeça e não tem a menor pretenção de acontecer'- corrói os nervos já expostos, corrói, machuca e dá uma pane geral. Um curto circuito no curta-metragem, e o que acontece? Cenas são apagadas, simples assim, na marra ou até mesmo por simbiose elas vão ficando foscas e 'irrelevantes diante da eternidade do amor' próprio. O que antes era lindo, saudável e promissor se torna mais uma página do passado, e isso é o que pode se chamar de desfecho de uma história que nem sequer começou, um belo mal entendido, dois cegos sentindo tudo errado.
E não foi por falta de aviso, o coração de Nilde adverte, não brinque jamais com fogo, muito menos com o dela. A pobre foi com muita sede ao pote, ela não queria teses ou contratos assinados, muito menos um romance tema de livro. Ela queria era um 'amor desses de cinema, onde não falta carinho, plano ou assunto ao longo do dia.'
Ela sentiu falta, e a 'falta é a morte da esperança... 'Falta de um protagonista. O que lhe foi ofertado foi apenas um figurante, desses temporários. Pra quê franzir o celho?! Era de se esperar, sempre em segundo plano, eis o papel que o cara lá do alto designou para ela.
A esperança é a ultima que morre, o tempo, assim como o coração de Nilde, não pára.
E quando você meu caro leitor achar que ela está derrotada, saiba que ainda estão rolando os dados. E se a pergunta é: por onde ela andou?! Ela andou tropeçando, não passando do chão. E assim ela já vai achar a tampa da sua privada tão entupida desses 'merdas'.

P.S: Merdas cagadas não voltam ao cú jamais.

Desculpem-me! Aqui quem vos fala é uma doente da síndrome do humor negro.

E assim ela vai, a pé até encontrar um caminho, um lugar pro que ela é. Acreditem, está quente, bem quente. Afinal, a vida é mesmo coisa muito frágil, uma bobagem, uma irrelevância, diante da eternidade do amor, de quem se ama.