9.10.05

Taximetro





O seu taxímetro zerou.
Esgotaram-se as rodadas.
Nem bandeira um. Nem Bandeira dois.
A meio mastro.
Sem combustivel algum. Sem sequer um gota.
Barris e barris consumiram-se
Ela olhou, registrou, e se cobrou cada milimetro rodado.
Anos guiando, embora desgovernada, a sua vida,
Ela levou o último ponto na carteira.
A gota D'agua, que entupiu o reservatório
De emoções.
Foi quando Ela chutou o passageiro Do seu veículo, a vida.
E sem geladeira em casa, ele se foi.

E ela?!

Foi-se. Devagar, a direção é mais importante que a velocidade...