9.10.05

A Cura





"...A efermidade pode ser diagnosticada rapidamente. O doente apresenta unhas roídas, crises de enxaqueca, mudança de humor continua, insegurança, princípio de depressão, stresses acumulados, olhos inxados, olheiras profundas, a balança aponta um índice de gordura localizada altíssimo, as nádegas mais parecem plateominteos, os dendritos, axônios e corpos celulares anunciam sinais de desgaste, os cones e bastonetes se encontram fora da área de serviço e os tímpanos já não mais respondem....
Basta a extrema exposição ao ambiente contaminado por estes indivíduos e suas provas mensais, que o estudante contamina-se.
A partir da contaminação, a doença se alastra e perdura até o tão esperado dia da cura.
O listão de aprovados.

E cá estamos nós, em busca da cura... c
om a corda toda, no pescoço.

Afinal, já dizia o mestre Vinícius: “a vida só se dá para quem se deu, quem amou, quem chorou, quem sofreu...”.


_trecho do monólogo de formatura 2005_