28.10.07

Back to black

Então do amor fez-se o pranto, e como todos aqui sabem, ao se tratar de pranto Nilde- sim, ela está de volta- não falha.
Todo amor só é bem grande se for triste, se eu bem me recordo. Pensemos nós, seguindo a linha de raciocínio, as mais belas formas de expressão, são as tristes, não digo as tristes, mas as expressas pela dor, pela perda. Corrijam-me se eu estiver errada, mas porque cargas d'agua então, existe tanta musica nostálgica, e tanto poema dor de cotovelo no mundo? Parece que quando tudo está lindo, ninguem tem tempo de pensar em expor a beleza. Todos esperam a merda feder, pra por a boca no trombone. Fui clara?
Pois é, a merda dela fedeu, e sim, ela resolveu voltar. Voltar pra que alguém- mesmo que seja você, maldito leitor mudo, que teima em fingir que eu não sei que tu me lêes- a compreenda.

Foi dada a largada, preparem-se, vai feder.

25.10.07

Nada.

EU. Eu porque hoje não tô afim de falar dela, nem de ninguém.

Hoje EU, que não interessa a você quem seja, acordei e bum. Nada aconteceu. Nada, nem um mísero desespero, uma topada com o dedo mindinho do pé, nenhum drama pessoal, espinhas na ponta do nariz, falta de luz, pé na bunda, proposta de emprego.

NADA.

Nada acontece, engraçado, não? E vocês, sabem qual é o pior disso tudo? É que nada eu faço pra que nada deixe de acontecer. A exatos dois meses e dez dias, eu faço nada, e nada faz mudar.

Vivo a cada dia a NADAR em uma delirante fantasia. E agora que tenho consciência disso, sabem o que eu vou fazer?

NADA.