23.12.05






Eu queria. Queria. Juro que eu queria. Num pretérito antes muito perfeito, conjugado pelo acaso num futuro mal acabado, onde tijolos, argamassas se perdem nas mãos de outros “acasos”.
Eu queria. Eu queria ter-te. Amar-te. Até morrer-te. Pois é, eu queria. Já não quero mais.

O que antes engatava minha traquéia, fala mais alto e roga por liberdade. O que antes era um desejo sucumbido, agora, diante do holocausto, é uma necessidade. Minha alma, ainda que presa a tua, grita por liberdade.

Não pensar no futuro. Não fantasiar. Não criar expectativas. Eis que vem a gota d’água, fantasiada de “rodízio de amilases salivares”, antes mascarada no abismo que foi sentir, viver, ser tua.

Não me perco. Não por falta de orientação, dessa que devia existir entre mente, alma, veias, coração. Mas por não me achar. Não achar explicação para o que antes já não havia.
Não haver explicação. Seria este o karma designado a essa minha estrada de abismos?
Bonito. Bonito. Muito bonito. Bela troca.

Balanço geral do ano:
Muita confusão e falta de explicação para os aspectos relacionados às válvulas coronárias. Sucesso no campo profissional, surpreendente sucesso.
Sucesso no campo das amizades, umas surgiram, outras invadiram, outras insistiram.
Complicações no campo cabeça-ombro-joelho-pé ; Saúde um tanto quanto volúvel.



Saldo: Positivo +++++++++
Devedor no campo afetivo . ¬¬”